Os novos horizontes da gestão: aprendizagem organizacional e competências
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Abstract
A instabilidade, baixa previsibilidade dos cenários socioeconômicos, atividades mais flexÃveis e customizadas são alguns dos argumentos que os organizadores desta obra utilizam quanto ao crescente espaço dedicado à s competências e à aprendizagem organizacional no campo da gestão.
A obra é importante contribuição no debate teórico-prático da abordagem das competências, assim como na aprendizagem organizacional, sendo organizada em duas partes. A primeira parte é composta por quatro capÃtulos que enfatizam a questão conceitual e os aspectos metodológicos, enquanto a segunda é composta por sete capÃtulos que contemplam a união entre a teoria e a prática.
A primeira parte permite o embasamento teórico necessário à compreensão; no caso daqueles que já possuem algum conhecimento do assunto, permite o aprofundamento das duas temáticas. A questão teórico-conceitual é enfatizada, mas os autores utilizam uma quantidade considerável de exemplos, o que vem facilitar o entendimento do leitor. Além disso, a questão metodológica também é contemplada.
No primeiro capÃtulo são discutidas as mudanças na aprendizagem organizacional, em que Antonello procede a uma análise crÃtica do tema. No segundo capÃtulo, que trata da contribuição da gestão por competências à estratégia organizacional, Ruas realiza uma análise teórica acompanhada por evidências empÃricas.
Em seguida, Leite e Porse analisam teoricamente os conceitos de criação do conhecimento e aprendizagem organizacional relacionados à vantagem competitiva, buscando integrar as teorias sobre estratégia à teoria da competição com base em competências.
No último capÃtulo desta parte, Boff e Abel debatem o desenvolvimento de competências associado ao conceito de trabalhador do conhecimento.
Os sete capÃtulos que compõem a segunda parte permitem a conexão entre a teoria e a prática, valendo-se especialmente de estudos de caso em indústrias no segmento petrolÃfero, de aço, tecnologia e construção civil, empresas de serviços, telecomunicação, área hospitalar, educação, produção artÃstica e cultural, assim como em incubadoras de base tecnológica.
No próximo capÃtulo, Oderich apresenta uma análise teórico-prática da gestão de competências gerenciais; ele vale-se de estudos de caso, estudos realizados em três empresas reconhecidas por sua gestão de recursos humanos. Em seguida, Silva realiza o mapeamento dos papéis que coordenadores e orientadores de uma universidade deveriam desenvolver, com base no conceito de coach e na noção de competências relacionada à dimensão gerencial.
No sétimo capÃtulo, Bitencourt propõe uma reflexão sobre a noção de competências a partir de uma revisão teórica, tendo em vista a percepção de um grupo de gestores em três empresas. Cauduro realiza a identificação das competências organizacionais e gerenciais mais relevantes na gestão da área de produção artÃstica e cultural, por meio de pesquisa qualitativa de caráter exploratório.
Dando continuidade, Becker e Lacombe, investigam empresas oriundas de incubadoras de base tecnológica em sua fase inicial, a fim de verificar a gestão de competências nesse contexto de inovação e empreendedorismo.
No penúltimo capÃtulo, Zimmer e Boff analisam uma empresa de tecnologia para a identificação do processo de aprendizagem no ambiente virtual.
Encerrando a obra, Hirota e Lantelme investigam o desenvolvimento de competências com a aprendizagem no momento da ação, analisando duas pesquisas junto aos gerentes de empresas na área de construção civil.
É relevante ressaltar que, no final de cada capÃtulo, os autores buscam instigar o leitor, tanto empresário quanto acadêmico, a refletir por meio da proposição de algumas questões.
Sem extinguir os muitos questionamentos referentes à abordagem da gestão por competências e à aprendizagem organizacional, é inegável o esforço no sentido de unir um embasamento teórico sólido, vinculado a dissertações e teses, a uma visão prática, oriunda da pesquisa empÃrica no ambiente organizacional.
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