Mestrado profissional
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Abstract
O tema mestrado profissional não é tão recente nos meios acadêmicos brasileiros. A data especÃfica da regulamentação da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior sobre o assunto (Portaria n. 47 de 17 de outubro de 1995) pode dar essa falsa impressão. De um certo modo integra as discussões sobre a pós-graduação stricto sensu no paÃs já há bom tempo. Todavia é no inÃcio dos anos noventa que a idéia de incentivá-lo nas áreas aplicadas começa a fazer parte da agenda do CTC - Conselho Técnico-CientÃfico da CAPES; controvertidos e nem sempre frutÃferos debates chegaram a dominar várias reuniões do CTC.
Na área de Administração, o tema vem sendo objeto de discussão pelo menos desde 1992 - no mais das vezes de forma pontual. Cabe ressaltar, contudo, que no perÃodo 1992-94 foram realizadas três assembléias de coordenadores de programas em que parte substancial da agenda foi utilizada para sistematizar o debate sobre a conveniência de se implantar o mestrado profissional na área, em substituição ou lado a lado com o mestrado acadêmico. Apesar da conclusão dos participantes de tais assembléias ter sido a de que a flexibilização da pós-graduação stricto sensu era inevitável, e até desejável, certas restrições quanto à criação do mestrado profissional se fizeram presentes. Tais restrições levaram a que: a) as discussões sobre o assunto nas assembleÃas da ANPAD se tornassem esporádicas no biênio 1995-96, não configurando a necessária continuidade no tratamento sistemático e aprofundado do tema; b) nenhum mestrado com a explÃcita designação de profissional foi instituÃdo até o final de 1996.
No último quarto de 1996, no entanto, o tema parece readquirir força, assim de repente. De lá para cá alguns programas de pós-graduação stricto sensu passam a pensar seriamente em apresentar proposta à CAPES para criação do mestrado profissional; há pelo menos um caso de curso aprovado por essa agência de fomento, em 1997. Portanto, retornar à discussão sistemática do mestrado profissional parece ser imprescindÃvel para a ANPAD. Também objeto de debates anteriores nas assembléias da Associação, um subtema recorrente refere-se ao trabalho final a ser requerido em um curso dessa natureza.
Nesse contexto, a RAC julga que pode contribuir para a discussão sobre mestrado profissional mediante a divulgação de documentos e de trabalhos analÃticos que tratem do assunto. Para tanto, o editor selecionou do Boletim Informativo da CAPES, de julho/dezembro de 1995, o documento intitulado "Mestrado no Brasil - A Situação e uma Nova Perspectiva" do qual se originou a proposta denominada "Programa de Flexibilização do Modelo de Pós-Graduação Senso Estrito em NÃvel de Mestrado" que foi aprovada pelo Conselho Superior da Instituição, resultando na Resolução n. 01/95, publicada pela Portaria n. 47 de 17 de outubro de 1995. Tal documento contém elementos importantes para subsidiar o exame da questão do mestrado profissional, razão pela qual é publicado a seguir, com autorização da CAPES.
Além desse documento, a RAC publica nesta seção o artigo de Pedro Lincoln de Matos, sob o tÃtulo "Dissertações Não-Acadêmicas em Mestrados Profissionais: Isso é PossÃvel ?", que contém reflexões do autor sobre o trabalho final de dissertação nessa modalidade de mestrado. Trata-se de artigo instigante, polêmico, que deve ensejar reações diversas entre os profissionais da academia, desde já convidados a também contribuÃrem para o aprofundamento de subtema tão relevante para o entendimento dessa forma de mestrado.
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