Editorial
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Abstract
Apresentamos com satisfação a primeira edição da Revista de Administração Contemporânea (RAC) de 2017. Este ano é especial para a RAC, pois o periódico completa duas décadas de publicação ininterrupta. Todos os stakeholders, notadamente autores, avaliadores, corpo editorial cientÃfico, editores, equipe editorial e leitores, tiveram contribuição fundamental para que, nesses 20 anos, a RAC estabelecesse a reputação que a torna uma das principais revistas nacionais na área de ciência sociais aplicadas.
Tendo consolidado sua posição de liderança entre os periódicos de administração e contabilidade no Brasil, a RAC apresenta indicadores relevantes que mostram sua evolução e sua maturidade ao longo dos anos. As métricas nas plataformas SciELO e SPELL reforçam a influência da RAC na produção cientÃfica nacional. A revista busca agora avançar em novas dimensões, preparando-se para as mudanças que o mercado de editoração cientÃfica está impondo. Dentre alguns desafios, incluem-se a agilidade do fluxo editorial e o aprimoramento do processo de revisão por pares, conforme já discutido em editoriais anteriores (Kimura 2016a, 2016b, 2016c).
Apesar de o procedimento de peer review ser fundamental na editoração cientÃfica, há ainda diversos pontos de atenção. Min (2014) discute alguns vieses em pareceres, mesmo de revisores experientes, conhecedores do tema do estudo desenvolvido no paper. Zaharie e Osoian (2016) comentam sobre problemas de editores obterem pareceristas comprometidos e evitarem atrasos nas análises por pares. O estudo, realizado a partir de entrevistas semiestruturadas, avalia estratégias para diminuir os custos percebidos de revisão como, por exemplo, o alinhamento de temas de pesquisa do parecerista com o foco do artigo a ser avaliado, a qualidade do periódico e a identificação com a comunidade cientÃfica.
É importante ressaltar que iniciativas para aprimoramento de revisões já são empreendidas e poderiam ser usadas por editores, autores e avaliadores. Por exemplo, Leung, Law, Kucukusta e Guillet (2014) analisam pareceres de vencedores de prêmios de excelência em revisão de papers cientÃficos de áreas como turismo, ciências sociais e administração. Os autores identificam que avaliações de alta qualidade comumente seguem três abordagens: conteúdo, processo ou uma mistura de conteúdo e processo. Cooper, Bellam e Vaduganathan (2016) apresentam algumas considerações para capacitação das próximas gerações de pareceristas na área médica. A área de administração certamente pode se beneficiar das discussões que já são conduzidas em outros campos de estudo.
Considerando os desafios do periódico, este novo ano será acompanhado de diversas novidades na RAC. Já a partir dessa primeira edição de 2017, conforme direcionamento da ANPAD (2016), a RAC, além de Artigos CientÃficos, passará a publicar também Artigos Tecnológicos e Casos para Ensino, que anteriormente eram veiculados na revista Tecnologias em Administração e Contabilidade (TAC), e que ora serão acompanhados, respectivamente, pelos editores-associados Gustavo Motta e Anete Alberton.
A transição da TAC para a RAC reflete uma estratégia de revalorização de estudos com escopo voltado a tecnologias de gestão, que tinham sido prejudicados com a classificação no estrato C, pelo Qualis da CAPES, de revistas com esse direcionamento. Outros benefÃcios da veiculação por meio da RAC estão associados à maior visibilidade e significativo alcance dos artigos, bem como ao acesso a recursos que a indexação na plataforma SciELO viabiliza.
Com relação aos trabalhos dessa primeira edição de 2017, no primeiro artigo, Ação Econômica e Religião: Igrejas como Empreendimentos no Brasil, Victor Silva Corrêa e Gláucia Maria Vasconcellos Vale analisam, "à luz de proposições presentes na abordagem da Escolha Racional da Religião", as transformações que igrejas evangélicas vêm adotando, apresentando "uma postura ativa e mobilizadora, tÃpica de empreendimentos produtivos".
O segundo artigo, Jogos de Empresas: Abordagens ao Fenômeno, Perspectivas Teóricas e Metodológicas, de Valdete de Oliveira Mrtvi, Fernando Kaname Westphal, Rodrigo Bandeira-de-Mello e Paulo Roberto Feldmann, estuda "o perfil da pesquisa acadêmica brasileira sobre jogos de empresas considerando a abordagem ao fenômeno e as perspectivas teóricas e metodológicas".
Já o terceiro artigo, Atuação do LÃder na Gestão Estratégica de Pessoas: Reflexões, Lacunas e Oportunidades, de Eliane Maria Pires Giavina Bianchi, Alessandra Quishida e Paula Gabriela Foroni, aborda "a atuação dos lÃderes como elo na gestão estratégica de pessoas".
No quarto artigo, Análise do Perfil dos Acadêmicos e de suas Publicações CientÃficas em Administração, Takeyoshi Imasato, Marcelo Scherer Perlin e Denis Borenstein analisam "o perfil de pesquisadores doutores que atuam na área de Administração no Brasil e as suas respectivas publicações cientÃficas, de modo a identificar fatores que expliquem esse aspecto da produtividade cientÃfica".
O quinto artigo, Governança Transnacional: Definições, Abordagens e Agenda de Pesquisa, de Marcus VinÃcius Peinado Gomes e Catherine Rojas Merchán, faz um levantamento da "produção acadêmica sobre a governança transnacional".
No sexto artigo, IndivÃduo, Liderança e Cultura: Evidências de uma Gestão da Criatividade, Henrique Muzzio estuda a prática gerencial da "gestão da criatividade, a partir do indivÃduo em seu grupo, do processo de liderança e da cultura".
Finalmente, nessa edição, trazemos também o trabalho, publicado na seção de Artigos Tecnológicos, Proposta para Mensuração de Patentes, de Eunice Adriano e Maria Thereza Pompa Antunes, que "propõe um modelo de mensuração gerencial de patentes para o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD)".
Desejamos a todos uma ótima leitura.
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